O #METGala - tradicional evento organizado pela #Vogue para arrecadar fundos para o Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque, é um dos eventos mais aguardados do ano para quem gosta de moda e reúne em um lugar só celebridades, modelos, estilistas e outros grandes nomes do segmento.
Na edição deste ano, para além dos looks glamourosos, inusitados e com protestos, o que mais gerou repercussão foi uma ação e não somente uma roupa produzida por um estilista badalado – e olha que a Kim Kardashian com todo o rosto e corpo cobertos por um pano preto deu o que falar! Mas foi #LewisHamilton, o heptacampeão mundial da Fórmula 1, quem mais capitalizou a participação no evento em imagem positiva para a sua #marcapessoal.
Com uma trajetória consistente de ativismo contra a #desigualdaderacial, Hamilton “quebrou a internet” e ganhou milhares de manchetes elogiosas no mundo inteiro ao comprar uma mesa do evento e convidar estilistas negros emergentes com o objetivo de enaltecer seus talentos na moda. O investimento feito pelo atleta para valorizar os profissionais foi de aproximadamente 275 mil dólares.
De forma estratégica, ele comunicou em diferentes plataformas, durante e após o evento, seu objetivo de levantar a discussão sobre a falta de pessoas negras como convidadas do MET Gala ou vestindo as celebridades. Ele também mostrou bastidores, fez uma live e, é claro, arrasou no figurino para a noite.
A iniciativa bem sucedida de Hamilton é apenas mais um exemplo do poder do #MarketingSocial, quando aplicado estrategicamente e de acordo com os valores e propósito da marca – seja ela um produto, empresa ou uma pessoa. Mais do que a divulgação de doações milionárias, esse tipo de ação repercute muito bem e, não à toa, quem investe em Marketing Social está um passo à frente da concorrência e tende a conquistar a preferência do público.
E se esse tipo de estratégia já vinha se consolidando globalmente nos últimos anos, função da pandemia, se tornou ainda mais importante. O quadro “Solidariedade S/A”, lançado pelo #JornalNacional logo após o Brasil mergulhar na crise gerada pela COVID-19, em abril de 2020, demonstra como as ações sociais podem render valor em longo prazo.
E é um caminho sem volta: se antes o #marketing se preocupava apenas com as trocas comerciais imediatas, hoje é preciso construir relacionamento com o público-alvo – e isso é bem mais que estar “bem posicionado” nas redes sociais.
As empresas podem – e devem – buscar uma posição de protagonismo na mudança social e aproveitar isso para aprofundar a conexão com o público e promover sua marca, mas é preciso se comprometer de fato com a transformação. Tem que ir muito além de um discurso bonito, agindo com continuidade e transparência. Afinal, os consumidores sabem muito bem diferenciar organizações que realmente incorporam a #responsabilidadesocial das empresas que se limitam às ações pontuais e agem de maneira oportunista.
Por isso, profissionais de Marketing devem estar atentos para propor iniciativas que realmente estejam alinhadas com a trajetória e propósito da marca em questão, seja uma ação grandiosa ou mesmo a simples reciclagem do lixo do escritório.
Com certeza, a atitude de Lewis Hamilton só repercutiu dessa forma porque o público o acompanha e sabe que ele aproveitou a oportunidade de forma estratégica, mas não agiu como oportunista. Porém, com toda a certeza, esse investimento contribuiu um tanto para a construção de uma reputação impecável. E isso também não foi em vão.
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